Anima: anatomia de uma noção personificada

James Hillman

tradução: Gustavo Barcellos e Lúcia Rosenberg

Editora Cultrix

202 páginas

1990

 

“A vida quase secreta da alma parece rechear o cerne de toda a psicologia profunda. A obra de James Hillman, ao longo de muitos anos e ângulos, não é uma exceção. Ao contrário, nela a alma é uma devoção. Em latim, “anima” quer dizer alma, ou psique. É o termo que Jung utilizou ao deparar-se com a interioridade feminina do homem. Anima é aquilo pelo que os homens se apaixonam; ela os possui enquanto humores e desejos, motivando suas ambições, confundindo seus raciocínios. Na extensão que James Hillman faz da psicologia de Jung, a anima também pertence à interioridade das mulheres, e não somente àquilo que toca seus relacionamentos com os homens. Anima refere-se, numa só palavra, a interioridade. Em dez capítulos, que são acompanhados, nas páginas pares, de relevantes citações da obra de Jung, o ensaio de Hillman, que aparece nas páginas ímpares, aprofunda-se na clarificação dos humores, das personalidades, das definições e das imagens de anima. De interesse inquestionável a todos aqueles que, profissionalmente ou não, procuram aproximar-se do conhecimento e das aplicações da psicologia junguiana, este livro posiciona-se mais próximo da literatura imaginativa do que da ciência. Seu estilo, suas cores, sua profundidade e coragem encaminham-nos de forma surpreendente pelos subterrâneos dos sentimentos, problemas e fantasias que a noção de anima nos proporciona.”

do Prefácio de Gustavo Barcellos